Do primeiro ao último Natal…

Como o Natal seria comemorado pela Sagrada Família?

Embora não conheça nenhuma descrição a esse respeito, eu imagino que na noite de Natal Nossa Senhora e São José celebrassem o aniversário do Menino Jesus. Um dia tão grandioso, onde os próprios Anjos cantaram “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados”1, não seria festejado pela Sagrada Família?

Imaginemos o Menino Jesus aos dois anos de idade, deitado em sua caminha, e Nossa Senhora e São José aproximando-se para adorá-Lo, à meia noite do dia 24.  Em certo momento, o Menino acorda e abre os olhos. Que olhar! Abrindo os braços para ambos, Ele os abraça e os beija.

Assim devia ser esta santa noite até o primeiro Natal no qual São José não estava mais presente. Certamente, do Limbo ele comemorava e rezava. Mas, quem sabe se ele não aparecia para preencher o vazio de sua ausência?

Durante os três anos de sua vida pública, Nosso Senhor terá passado o Natal longe de sua Mãe Santíssima? Se assim foi, Ela estaria sozinha — acompanhada apenas pelos Anjos que, extasiados, viam-Na rezar —, entregue às recordações passadas e às previsões futuras. Apesar disso, a alegria natalina penetrava em sua alma, e Maria tinha um Natal feliz.

Após a Ascensão, não estando mais Nosso Senhor presente, a Igreja — que ainda pequenina crescia como uma plantinha — a cada ano tornava o Natal mais belo e mais sagrado, introduzindo uma nova cerimônia, uma novo ritual.

Com a subida de Nossa Senhora ao Céu, começou a longa série dos Natais em que, de modo visível, nenhum dos membros da Sagrada Família estava mais presente.

Assim, vai-se caminhando pelas vias — ora dolorosas, ora esplendorosas — da História, até o último Natal…

Como será o último Natal da História?

Pode-se imaginá-lo pouco antes do fim do mundo: toda a humanidade perdida, o pecado campeando no mundo, e um pequeno grupo de fiéis que ainda celebram o Natal.

Talvez haja até um contra-Natal, feito de blasfêmias, imundícies e opróbrios de toda ordem.

Entretanto, esse contra-Natal não tirará a alegria de um punhadinho de fiéis que estarão assistindo a uma Missa.

Em que catacumba seria celebrada essa Missa? Embaixo da terra ou num quartinho apertado do 200º andar de um prédio? De qualquer forma, seja onde for, o mesmo se passará: um vácuo no curso da dor é aberto, e surge uma alegria: Jesus nasceu, nasceu em Belém!

Após darem-se as últimas catástrofes e todos os homens morrerem, uma voz brada conclamando todos à ressurreição.

As sepulturas se abrem, de toda parte saem mortos que ressuscitam e se apresentam.

Nesta ocasião, mais uma vez Nosso Senhor Jesus Cristo virá visivelmente à Terra, em pompa e majestade, para julgar os vivos e os mortos. A História estará terminada!

O Céu será, então, um perpétuo Natal, uma perpétua felicidade!

 

Plinio Corrêa de Oliveira (Extraído de conferência de 21/12/1984)

Não me interessa saber até que ponto minhas qualidades podem me obter o que eu preciso; nem me interessa saber até que ponto meus defeitos atraem sobre mim punições que eu poderia não sofrer se eu não os tivesse. Porque Vós vedes tudo isso e Vós rezais por mim com empenho de Mãe de Misericórdia. E onde entram os vossos méritos e a vossa súplica, o contributo de minha súplica é uma gota de água.

Entretanto, Vós quereis a oração de vossos filhos. Olhai, pois, para as minhas necessidades, elas são um bramido que se levanta a Vós, pedindo-Vos aquilo que eu preciso.

Tende pena de mim, ponde em mim os olhos de vossa piedade, e atendei-me.

Plinio Corrêa de Oliveira (Extraído de conferência de 22/11/1988)

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