Há 27 anos entrava na Eternidade…

A TFP

Um Varão todo Católico e Apostólico, Plenamente Romano

           O século XX foi marcado de um extremo ao outro pela luminosa trajetória de um homem que amou tão ardorosamente a Santa Igreja, que não desejou que se colocasse em seu túmulo outra inscrição senão esta: “Plinio Corrêa de Oliveira, vir totus catholicus et apostolicus plene romanus – varão todo católico e apostólico, plenamente romano.”

           Quem foi, afinal Dr. Plinio?

           Dr. Plinio é o fundador da TFP.

           A resposta não diz tudo.

          Sua atuação pública revela um homem incomum, suscitado pela Providência para invectivar os erros de seu século e indicar os rumos dos tempos vindouros.

           Quem se limitasse apenas a ler as obras escritas por Dr. Plinio não conseguiria abarcar toda a riqueza de sua invulgar personalidade, assim como aquele que contempla a fachada de uma bela e grandiosa catedral medieval não é capaz de ter ideia das maravilhas encerradas em seu interior.

       É preciso subir as escadarias, atravessar os amplos umbrais repletos de hieráticas imagens de santos e anjos, e penetrar na atmosfera recolhida da nave central, à qual a luz multicolor dos vitrais dá a aparência de um portentoso caleidoscópio celestial.

           Era a impressão que tinham aqueles que puderam conviver com Dr. Plinio, à medida que percebiam as virtudes sobrenaturais de sua virginal e combativa alma, entre as quais se destacavam um ardente amor a Deus, uma Fé inabalável e confiança absoluta no auxílio divino, tudo iluminado por uma entranhada e filial devoção à Santíssima Virgem.

Passou a vida fazendo o bem!

          Por ocasião dos 27 anos de sua entrada na Eternidade, lembramos uma faceta de sua vida que chama especialmente a atenção, dentro do abundante tesouro da alma desse varão íntegro:

           A busca incessante e ardorosa do benefício e santificação das almas (sobretudo aquelas que Maria Santíssima confiara aos seus cuidados de pai espiritual) às quais ele devotava o melhor de seu zelo, de sua benevolência e de sua compaixão pelas fraquezas alheias.

           Em seu afã de encaminhar a todos nas vias da virtude, era auxiliado por um impressionante dom de perscrutar até o fundo os corações, o que lhe possibilitava, com extraordinário acerto, dar um conselho adequado a cada situação.

           Sempre disposto a amparar e a oferecer a boa doutrina a qualquer pessoa que recorresse às suas orientações, vencia as barreiras que encontrasse, não levando em conta classe social, condição intelectual, formação cultural, grau de prestígio ou outra característica do consulente. Cada um se sentia tratado por ele como filho – e filho único!

Se acontecia que algum dos seus, cedendo ao peso das solicitações do mundo, deixava-se extraviar das sendas do bem, Dr. Plinio, como o protagonista da parábola, transformava-se no bom pastor que vai atrás da ovelha perdida.

           Sem nada diminuir da imensa solicitude com que velava por todos sob sua guarda, punha-se ao encalço da alma tresmalhada, buscava-a no meio dos espinheiros em que se embrenhara, tratava-lhe as feridas e, com indescritível carinho, tomava-a sobre os ombros para conduzi-la de volta ao redil.

           Em muitos de seus aspectos, a vida de Dr. Plinio se assemelhou, assim, a um círio que ardeu continuamente no serviço do próximo.

           Desde o momento em que despertava pela manhã, até a hora de se deitar, sua existência era um incessante holocausto pelo apostolado.

           Contatos telefônicos, conversas durante todas as refeições, atendimentos particulares, conferências, palestras e reuniões de estudo, as famosas “palavrinhas” (causeries, em geral com os mais jovens), qualquer atividade era tomada por ele como mais uma ocasião para sustentar, conduzir, incentivar na prática da religião Católica Apostólica Romana, e no recurso contínuo à Rainha do Céu.

"Peço que sejam sumamente devotos de Nossa Senhora durante toda a vida"

           “Tenha mais devoção a Nossa Senhora”, era a recomendação mais frequente ouvida de seus lábios.

            Ainda no seu último mês de vida, preso ao leito de hospital, Dr. Plinio manteve acesa a preocupação por seus discípulos, edificando a todos pela prática ininterrupta daquela “sede de almas” que tanto aconselhava e prezava.

            Não podia acontecer que, ao deixar este mundo, Dr. Plinio rompesse o liame espiritual com seus dirigidos. Pelo contrário, deveria fortalecê-lo.

            Aos 27 anos da partida desse admirável católico para a Eternidade – a par de exprimir as saudades do inesquecível convívio, da direção segura e confiável, e daquele olhar paternal, bondoso e compreensivo – é dever de gratidão assinalar que Dr. Plinio solidificou esses laços de alma.

           Temos certeza de que tem ele observado, rigorosa e dadivosamente, a promessa feita quando, pela primeira vez, tomou providências para a eventualidade de seu falecimento:

           “São tais os vínculos de alma que tenho com cada um que me é impossível mencionar aqui especialmente alguém para lhe exprimir meu afeto.

           Peço que Nossa Senhora abençoe a todos e a cada um. Depois da morte, espero junto a Ela rezar por todos, ajudando-os assim de modo mais eficaz do que na vida terrena.

           Aos que me deram motivos de queixa, perdôo de toda a alma. Em qualquer caso, a todos e a cada um peço entranhadamente e de joelhos que sejam sumamente devotos de Nossa Senhora durante toda a vida.

         “Por sua misericórdia inefável, quererá Nossa Senhora ter-me, depois de minha morte, aos pés de seu trono por toda a eternidade.

         Lá estarei orando por todos, até que junto a Ela o nosso número seja completo”.

(Testamento de 10/1/1978 e carta anexa)

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